quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Governo de Goiás corta o salário dos professores em retaliação aos 58 dias da greve!

Depois de 58 dias de greve o governo cortou o ponto dos grevistas, o criminoso governo Alcides Rodrigues aplica o fascismo no Estado de Goiás, proibindo as greves e manifestações do povo, sucateando a educação e a saúde, piorando a vida do nosso povo.

Os trabalhadores em educação do Estado de Goiás realizaram uma importante greve que durou 58 dias. Essa greve aconteceu devido a política de arrocho salarial imposta pelo governador Alcides, que visa atender os interesses dos grandes bancos e latifundiários e não dão as mínimas condições de vida para o povo pobre.
Os Governos estaduais levaram a educação pública ao mais completo sucateamento. Grande parte das escolas ainda são de placas. Poucas escolas possuem livros didáticos em quantidade suficiente. Os recursos da merenda escolar, são destinados diretamente para as escolas, que com os constantes atrasos nos repasses do dinheiro, levou os fornecedores a cortar o abastecimento de alimentos nas escolas. Uma força conjunta envolvendo Ministério Público, Bombeiros e outros órgãos, impediu o funcionamento de várias escolas que tinham a estrutura física inadequada, com sérios problemas, pondo em risco a segurança dos alunos e professores, com a possibilidade até de desabamento. A quantidade de professores contratados é muito grande, sendo uma necessidade o concurso público para preenchimento das vagas, sendo um dos requisitos básicos para a melhoria da qualidade do ensino. Esses funcionários contratados ficam vários meses sem receber os seus salários e quando recebem, o desconto que o governo faz rouba grande parte desse salário.
Dentro dessa absurda situação de abandono e sucateamento, os trabalhadores em educação se levantaram em defesa dos direitos da categoria e dos estudantes. O governo Alcides está com a máquina estatal parada, não pavimenta uma estrada e nem constrói nenhuma obra. A educação e a saúde em Goiás estão um verdadeiro caos! Os políticos da oposição tentaram fazer uma CPI da educação e da saúde, o que fez o governo intervir com todo o seu poder para impedir o esclarecimento da aplicação de recursos. Recentemente, a Controladoria Geral da União pediu esclarecimento ao governo do Estado sobre o não investimento da quantidade mínima de recursos exigida pela constituição em saúde e educação. Alcides Rodrigues é um governante criminoso, que submete a população aos mais terríveis problemas, principalmente em saúde e educação.
Segundo o argumento do governo, o Estado de Goiás enfrenta vários problemas financeiros, todos resultantes do inchaço na folha de pagamento, por esse motivo foi necessário fazer uma reforma administrativa. Esse é um argumento mentiroso, já que o Estado deve bilhões para o sistema financeiro, através dos empréstimos concedidos pelos grandes bancos, assim como a negociação de títulos da dívida no mercado financeiro. Um exemplo é a CELG, que é uma das empresas com maior taxa de lucro no Estado,possuindo uma arrecadação milhonária. A CELG possui uma dívida com a UNIÃO e com o sistema financeiro, o que em recentes negociações apontam para a privatização. Portanto, não existe explicação de uma empresa dessas está com sérios problemas financeiros. Outro aspecto que leva a crise financeira do Estado, são as isenções fiscais concedidas as grandes empresas, através da guerra fiscal. Goiás teve um grande crescimento industrial nas últimas décadas devido a uma perversa política de incentivo fiscal aos grandes grupos empresariais. Portanto, o déficit público aumentou de forma estrondosa, fazendo com que a população conte com a menor quantidade de investimentos sociais possíveis. E o governador ainda afirmou na imprensa goiana "não tenho rio de dinheiro", mas para os bancos não falta dinheiro. Por esse motivo a situação em Goiás está explosiva e o ânimo de luta dos trabalhadores é demonstrado pela mobilização presente na greve da educação.
Diante de toda essa insatisfação, os professores decidiram por realizar uma greve, mesmo diante de todas as condições adversas. O SINTEGO (Sindicato dos professores Estaduais) queria organizar uma greve politiqueira, com o objetivo de desgastar os candidatos do governo para favorecer os seus candidatos, o atual prefeito de Goiânia Íris Rezende, e o candidato a prefeito de Aparecida de Goiânia Maguito Vilela. O candidato a prefeito de Aparecida de Goiânia ofereceu a vice para o presidente do SINTEGO Domingos, que só não pode aceitar pelo motivo do seu partido (PT) ter fechado uma coligação com o partido do governador (PP), onde inclusive, Domingos está com um processo no conselho de ética do PT de Aparecida por fazer campanha para Maguito Vilela. Foi por esse motivo que o SINTEGO puxou a palavra de ordem "não votar em candidatos do governo", sendo, que a palavra de ordem deveria ser: "abaixo essa política podre da burguesia, dos exploradores do povo, e dos professores!". Mas o que esperar de uma direção ligada a própria construção do PT em Goiás, de um grupo que já elegeu vários deputados que nunca fizeram nada pela educação, como a , e Delúbio Soares, mensaleiro e ex-tesoureiro do PT, que participa e é defendido com unhas e dentes pela atual diretoria do sindicato. Portanto essa diretoria é historicamente comprometida com o oportunismo.
Porém, com a justa greve declarada a massa de educadores se pôs na frete das mais diversas atividades por todas as regiões do Estado de Goiás. Passaram a distribuir panfletos em semáforos e nos principais terminais de ônibus, organizaram diversas manifestações, fecharam rodovias e acompanharam o governador Alcides em todas as suas visitas pelo interior. Em Santa Helena de Goiás, cidade natal e berço político de Alcides, onde sua mulher é candidata a prefeita, o governador mandou a polícia barrar os ônibus dos manifestantes, que desceram e terminaram o trajeto de pé. Um professor levantou uma faixa ?Alcides covarde!? e teve a atenção do governador, que desceu do palanque para agredi-lo, conforme vídeo divulgado no you tube: http://br.youtube.com/watch?v=spGs-qGHsS4 e também http://br.youtube.com/watch?v=cQrXgKOOc_U&feature=related.
Mesmo com o corpo mole do sindicato ocorreram várias ações espontâneas das massas. Boicote de cadeados de escolas que continuavam a funcionar, piquete em escolas de Aparecida de Goiânia, acampamentos por várias cidades do interior do Estado, entre outras ousadas ações. Em Senador Canedo a greve atingiu 80% das escolas, permanecendo em funcionamento apenas as escolas com EAJA e uma escola de um diretor do Sintego. O Sindicanedo foi solicitado a apoiar o movimento e emprestou o carro e materiais para panfletos. Em Aparecida faltou atuação do sindicato na base, mas mesmo assim a greve atingiu maioria dos locais. Assim foi em todo o Estado. O resultado de todo o movimento demonstra toda a vontade de luta das massas populares em Goiás e a conscientização diante do papel do estado.
O tamanho do autoritarismo no Estado de Goiás se deu em manifestação realizada na cidade de Anápolis. Lá, o presidente do SINTEGO, Domingos, foi preso por falar ao microfone na manifestação. A polícia orientou o Sr Domingos a não fazer nenhum pronunciamento no microfone, falando que em época eleitoral não se pode fazer esse tipo de movimento, sendo esse um esdrúxulo argumento, mas que foi acatado pelo Sr. Domingos. Ao final da manifestação esse utilizou o microfone para informar onde estavam os ônibus e foi detido por esse capitão que alegou que o presidente do sindicato estava desrespeitando uma ordem sua, deu voz de prisão ao presidente, alegando que este estava preso por desacato a autoridade. A massa acompanhou Domingos até a delegacia e de lá saiu só quando esse foi solto.
A greve foi decretada ilegal pela justiça, que de forma absurda não obriga o governador a melhorar as situações das escolas, mas quer ver os professores lecionando em péssimas condições, esse fato demonstra como o juiz Eduardo Mascarenhas da 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual, (um puxa saco do governo, que provavelmente deve estar recebendo por fora) e a justiça de uma forma geral, estão a serviço da burguesia e dos interesses do grande capital.
Em assembléia realizada no último dia 26 de setembro a categoria resolveu por encerrar o movimento depois de 58 dias parados. Essa decisão contou com manobras do sindicato, que argumentou com várias intervenções pelo fim do movimento. O sindicato agiu de forma a conter o movimento dentro da legalidade e impedindo que esse tomasse contornos mais radicais.
Para piorar a situação o governo mandou cortar o salário de todos os grevistas. Os trabalhadores foram olhar os seus contra-cheques e perceberam que estavam com o corte total de salário. Os professores falaram que não vão repor as aulas enquanto não receberem seus salários. Os maiores prejudicados serão os estudantes, que ficarão sem aulas de reposição e com as horríveis condições das escolas públicas em Goiás. O governador Alcides deveria ser responsabilizado criminalmente pela situação em que impôs para a educação e saúde em Goiás. Sucateia esses setores para manter os benefícios dos banqueiros e empresários. Enquanto o governo não cumpre a constituição quanto aos recursos mínimos a serem investidos em saúde e educação, que deveria levar o governador para a cadeia, e não é responsabilizado por isso, os trabalhadores em educação vão atravessar um mês de cão, se endividando com as financeiras e recebendo doações da população. O caminho é a luta até o fim, pela revolução que derrube esse sistema autoritário a serviço dos grandes empresários, banqueiros e empresários. A justiça não é cega, ela sabe quem acerta!

Alcides Rodrigues inimigo da educação e do povo de Goiás!
Abaixo o corte do salário dos grevistas!
Viva a luta combativa e popular!

Um comentário:

  1. estão certos mas precisamos das escolas abertas,de pois teremos de estuda sabados e feriado porque não reunimos todos e fasemos um protesto no domingo

    ResponderExcluir